MAMÍFEROS MARINHOS - Cetáceos encontrados no Brasil *

A ordem Cetacea (do Grego Ketos que significa baleia), abriga os mamíferos carnívoros que, ao longo do processo evolutivo, adaptaram-se totalmente à vida aquática, entre eles os botos, baleias e golfinhos.

Os indivíduos pertencentes a esta ordem podem ser identificados por uma série de características, sendo elas: corpo hidrodinâmico; ausência de pêlos; membros anteriores modificados em nadadeiras e membros posteriores vestigiais; interiorização dos órgãos reprodutores eorifício respiretório localizado no topo da cabeça.

No Brasil, ocorrem 08 espécies de misticetos (cetáceos com barbatanas filtradoras) e 31 espécies de odontocetos (cetáceos com dentes).

Na região costeira do Rio Grande do Sul, as principais espécies de cetáceos são:










 Baleia-franca-austral (Eubalaena australis);













 Boto (Tursiops truncatus);











 Toninha (Pontoporia blainvillei).

MAMÍFEROS MARINHOS - Pinípedes encontrados no Brasil *

Os pinípedes são mamíferos marinhos adaptados à vida aquática e terrestre. O termo “pinípede” decorre do formato dos membros anteriores e posteriores dos animais, os quais são constituídos por nadadeiras (pina = pena; podos = pés) com dedos compridos e unidos por membranas. Apresentam corpo fusiforme coberto de pêlos, que são anualmente renovados. O orifício respiratório está localizado na ponta do focinho. As orelhas podem ou não estar presentes.


Até o presente, foram registrados indivíduos de 7 espécies de pinípedes, na costa brasileira.
As espécies mais abundantes são:
 








 Leão-marinho-do-sul (Otaria flavescens).














Lobo-marinho-do-sul (Arctocephalus australis).
















Lobo-marinho- subantártico (Arctocephalus tropicalis).

        As demais espécies, o lobo-marinho-antártico (Arctocephalus gazella), o elefante-marinho-do-sul (Mirounga leonina), a foca-caranguejeira (Lobodon carcinophagus) e a foca-leopardo (Hydrurga leptonyx) apresentam ocorrências esporádicas.

MAMÍFEROS MARINHOS - Diferenças com outros marinhos ;*

Algumas das diferenças principais entre os mamíferos marinhos e outros habitantes marinhos são:
  • Mamíferos marinhos respiram ar, enquanto a maioria dos outros animais marinhos extraem o oxigênio da água.
  • Mamíferos marinhos possuem cabelo. Cetáceos possuem pouco ou nenhum cabelo, geralmente algumas poucas cerdas ao redor da cabeça ou boca. Todos os membros da ordem Carnivora têm uma camada de pele ou cabelo, mas são mais espessos e importantes para a termoregulação em lontras marinhas e ursos polares do que em focas ou leões marinhos. As densas camadas de pele contribuem para arrastar-se enquanto nada, tornando os mamíferos lentos, o que causa uma desvantagem na velocidade do nado.
  • Mamíferos marinhos possuem grossas camadas de gordura, usadas para isolar seus corpos e prevenir a perda de calor. Lontras marinhas e ursos polares são exceção, dependendo mais da pele pala se afastar da hipotermia.
  • A maioria dos mamíferos marinhos dão à luz um filhote por vez, e não são capazes de parir gêmeos ou ninhadas maiores.

MAMÍFEROS MARINHOS - Peixe-boi.


Os peixe-bois, vacas-marinhas ou manatis constituem uma designação comum aos mamíferos aquáticos, sirênios, assim como os dugongos, mas da família dos triquecídeos (Trichechidae).
Possuem um grande corpo arredondado, com aspecto semelhante ao das morsas, o peixe-boi-marinho (Trichechus manatus) pode medir até 4 metros e pesar 800 quilos, enquanto o peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis) é menor e atinge 2,5 metros e pode pesar até 300 quilos.

Existem três espécies de peixe-boi: o peixe-boi-marinho (Trichechus manatus), o peixe-boi-africano (Trichechus senegalensis), e o peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis).
No Brasil, o peixe-boi-marinho habitava do Espírito Santo ao Amapá, porém devido à caça, desapareceu da costa do Espírito Santo, Bahia e Sergipe.
Os peixes-boi vivem tanto em água salgada quanto em água doce. O peixe-boi amazônico só existe na bacia do rio Amazonas, no Brasil, e no rio Orinoco, no Peru e vive apenas em água doce.

Todas as espécies encontram-se ameaçadas de extinção e estão protegidas por leis ambientais em diversas partes do mundo. No Brasil, o peixe-boi é protegido por lei desde 1967 e a caça e a comercialização de produtos derivados do peixe-boi é crime que pode levar o infrator a até 2 anos de prisão. São animais de hábitos solitários, raramente vistos em grupo fora da época de acasalamento.

Alimentam-se de algas, aguapés, capins aquáticos entre outras vegetações aquáticas e podem consumir até 10% de seu peso em plantas por dia e podem passar até oito horas por dia se alimentando. Durante os primeiros dois anos de vida vivem com suas mães e ainda se alimentam de leite. São muito parecidos com os dugongos e a principal diferença entre o peixe-boi e o dugongo é a cauda. São animais muito mansos e, por este motivo, são facilmente caçados e se encontram em risco de extinção.


Projeto Peixe-boi

Com a possibilidade de extinção dessas espécies o governo brasileiro proibiu sua caça e criou em 1980 o Projeto Peixe-Boi desenvolvido pelo CMA (Centro Nacional de Pesquisa, Conservação e Manejo de Mamíferos Aquáticos) com sede na Ilha de Itamaracá, Pernambuco. O projeto dedica-se à pesquisa, resgate, recuperação e devolução à natureza do peixe-boi, bem como a informação e parceria com comunidades riberinhas e costeiras. O projeto está aberto a visitação, onde podem ser vistos inúmeros peixes-boi, inclusive a Chica, um peixe-boi fêmea que viveu durante anos num aquário público em uma praça do Recife, e o Poque, um raro caso de híbrido entre o peixe-boi marinho e o amazônico.

MAMÍFEROS MARINHOS - Golfinho


Nome científico: Tursiops truncatus

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Cetacea
Subordem: Odontoceti
Família: Delphinidae
Género: Tursiops
Espécie: T. truncatus
   



Outros nomes
Roaz-corvineiro, golfinho-roaz ou golfinho-nariz-de-garrafa

Distribuição
Os golfinhos-comuns podem ser encontrados em todos os mares temperados do mundo, parecendo só evitar as frias águas mais perto do polos.

No Brasil
No Brasil podem ser encontrados ao longo de toda a costa até ao extremo Sul do país.

Alimentação
Os golfinhos em geral alimentam-se de peixes, pequenos cefalópodes e crustáceos.

Gestação
A gestação desta espécie dura cerca de 12 meses, findo os quais nasce uma cria que mede em média cerca de 1 metro.

Tamano, peso e esperança de vida
Um golfinho desta espécie pode atingir os 4 m, pesar 250 kg e viver cerca de 40 anos.

MAMÍFEROS MARINHOS - Baleia Azul


Nome científico: Balaenoptera musculus

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Cetacea
Subordem: Mysticeti
Família: Balaenopteridae
Género: Balaenoptera
Espécie: B. musculus

Distribuição
A baleia-azul pode ser encontrada em todos os oceanos do planeta, embora faça migrações sazonais para fugir a águas mais quentes, já que a sua preferência vai para as águas mais frias e ricas em alimento.

Alimentação
A base da alimentação da baleia-azul é o Krill, pequeno crustáceo parecido com o camarão com poucos centímetros de comprimento. Uma baleia adulta desta espécie pode ingerir mais de 3 toneladas deste alimento por dia.

Estado de conservação
Em perigo. Estima-se que possam haver no máximo 6000 destes mamíferos na globalidade do planeta.
A causa destes números tão baixos foi a caça que lhe foi movida a partir da segunda metade do século XIX e até aos anos 60 do século XX. Durante este período podem ter sido caçadas 350.000 baleias-azuis.
Neste momento a espécie é protegida e proibida a sua caça por quase todos os países do mundo.

Gestação e maturidade sexual
As baleias-azuis atingem a maturidade sexual por volta dos 7/8 anos.

Reprodução
A gestação destes animais dura cerca de 12 meses, findos os quais nasce uma cria com 7 ou 8 metros e mais de 2 toneladas.

Tamanho
O tamanho máximo encontrado foi de cerca de 33 metros, sendo que a grande maioria ronda os 25/30 e podem pesar até 130.000 kg . São os maiores e mais pesados animais da terra.

Longevidade
Estimada em 80 ou 90 anos

MAMÍFEROS MARINHOS - Características Gerais.

Os mamíferos marinhos possuem todas as características de um mamífero, que as diferenciam dos restantes grupos zoológicos: são animais de sangue quente (homeotérmicos), com a capacidade de manterem a sua temperatura corporal constante; possuem pêlo, respiram por pulmões; são vivíparos e alimentam as suas crias com leite.
São conhecidos como mamíferos marinhos porque dependem dos oceanos para se alimentarem. Como tal, este grupo possui adaptações especiais, sofrendo adaptações ao longo do seu processo evolutivo, que os tornam extremamente bem adaptados a este meio: possuem uma camada de gordura que lhes confere hidrodinamismo, facilitando a natação e ajudando na manutenção da sua temperatura e os seus membros deram origem a barbatanas; possuem características especiais que lhes permitem mergulhar a grandes profundidades durante longos períodos, conservando o oxigénio necessário à respiração.
Todos os mamíferos marinhos descendem de ancestrais terrestres, que viram nos oceanos uma oportunidade de escapar dos predadores e uma fonte adicional de alimento.
Existem 5 grupos distintos de mamíferos marinhos, que compreendem um total de cerca de 120 espécies:
Pinípedes (focas, leões-marinhos, otárias e uma única espécie de morsa); Cetáceos (baleias e golfinhos); Sirenídeos (manatins e o dugongo); lontras marinhas e, por fim, os ursos polares.

ANFÍBIOS - EXTINÇÃO.

Alguns anfíbios brasileiros ameaçados na categoria Criticamente em Perigo:



 




— Sapinho-narigudo-de-barriga-vermelha - Melanophryniscus macrogranulosus.

 








— Perereca-de-folhagem-com-perna-reticulada - Phyllomedusa ayeaye.


 



 — Perereca-verde - Hylomantis granulosa.

ANFÍBIOS - Curiosidades ;*

  • A palavra anfíbio, como adjetivo, significa qualquer coisa ou ser capaz de viver ou movimentar-se tanto em terra firme como na água. Exemplo: um veículo anfíbio.  
  • Observada como substantivo, esta mesma palavra refere-se a qualquer espécie de animal vertebrado da Classe Anfíbia.  
  • O termo anfíbio vem do grego e tem como significado "duas vidas". Um exemplo é o sapo, que nasce como girino, sobrevivendo somente dentro da água, mas que, depois de adulto, perde a cauda e se transforma em um Anuro, ordem dos sapos, rãs e pererecas. Este termo é bastante antigo e faz referência principal aos sapos, rãs e pererecas (por isso o nome).

ANFÍBIOS e o HOMEM.

O número de anfíbios vem diminuindo em várias regiões do mundo. Acredita-se que esses animais sejam muito sensíveis a mudanças no meio ambiente, como alterações climáticas, desflorestamento, uso de pesticidas em lavouras, poluição de rios e lagos, entre outras.

Para algumas populações os anfíbios são associados a lendas e tradições folclóricas, porém, para muitas pessoas os anfíbios são animais que causam repulsa e aversão. No entanto, essa visão vem mudando. Essa mudança se dá principalmente frente às descobertas sobre a importância ecológica desses animais e sobre o uso potencial das substâncias secretadas por suas glândulas no desenvolvimento de novos remédios.

Cada vez mais, percebe-se a necessidade de esforços voltados para a conservação desses animais e seus habitats, a fim de preservar a diversidade de anfíbios.

ANFÍBIOS - Classificação.

Os anfíbios são divididos em três ordens: Gymnophiona, Urodela e Anura.

Os Gymnophiona ou Apoda são representados por cerca de 160 espécies, popularmente chamadas de cobras-cegas ou cecílias. São animais ápodes, ou seja, não possuem membros locomotores e o corpo é cilíndrico e alongado. A maioria das espécies é terrestre e vive enterrada no solo. Os olhos são vestigiais (ou seja, são atrofiados), mas existem tentáculos sensoriais que auxiliam na percepção do ambiente. Os machos possuem um órgão copulador chamado falodeu, que permite a fecundação interna.

Os Urodela, também chamados de Caudata, são representados por cerca de 400 espécies de salamandras. O corpo destes animais é alongado e a cauda é bem desenvolvida. São mais abundantes em regiões de climas frios. Os machos não possuem órgão copulador e a fecundação pode ser externa ou interna. Na fecundação interna, a fêmea captura a massa de espermatozóides liberada pelo macho e a deposita no interior da sua cloaca. Muitas espécies de salamandras não possuem pulmões e apresentam apenas respiração cutânea.

Os Anura são representados por cerca de 4.500 espécies, que incluem os sapos, as rãs e as pererecas. A fauna brasileira é muito rica em anuros, contando com cerca de 600 espécies já descritas. Os anuros não possuem cauda e seus membros posteriores são adaptados para o salto. A fecundação pode ser interna ou externa - e o desenvolvimento é indireto.



Classificação científica
Domínio: Eukariota
Reino: Animalia
Sub-reino: Metazoa
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Infrafilo: Gnathostomata
Superclasse: Tetrapoda
Classe: Amphibia

ANFÍBIOS - Reprodução.

Os modos de reprodução dos anfíbios são muito diversos, variando de acordo com a espécie. A fecundação pode ser externa ou interna - e o desenvolvimento pode ser direto ou indireto.

Os anuros possuem desenvolvimento indireto e passam pela metamorfose completa. Sua fase larval é representada pelo girino e são conhecidas 46 fases de desenvolvimento desde a fecundação do óvulo até a transformação da larva em adulto.

Os girinos vivem em ambientes aquáticos, onde respiram através de brânquias e se alimentam de pequenas partículas orgânicas. Eles não possuem pernas, mas apresentam uma cauda alongada. Durante a metamorfose, a cauda vai gradualmente desaparecendo e as pernas vão se desenvolvendo.

Outro processo que ocorre durante a metamorfose é o desenvolvimento dos pulmões. O final do desenvolvimento origina a forma jovem, que passa a realizar respiração cutânea e pulmonar e apresenta as mesmas características morfológicas dos anuros adultos.

ANFÍBIOS - Característivas Gerais.

A análise de um ser da classe dos anfíbios exige a divisão de seu ciclo vital, devido a diferenças morfofisiológicas entre a fase aquática e a terrestre (adulta).

Quando jovens, a maioria das espécies de anfíbios vivem exclusivamente em ambiente aquático dulcícola, e sua estrutura corpórea é semelhante a de um alevino, realizando respiração branquial. A fase jovem, também conhecida como larval, é determinada do nascimento até a metamorfose do anfíbio, que lhe permitirá sair do ambiente aquático e fazer parte do ambiente terrestre. As larvas possuem cauda e até mesmo linha lateral como os peixes.
Já adultos, a dependência da água dos anfíbios jovens é superada parcialmente, e após a metamorfose, a maioria das espécies, pode deixar a água e viver em habitat terrestre. Apesar de pulmonados, os representantes dessa classe possuem uma superfície alveolar muito pequena, incapaz de suprir toda a demanda gasosa do animal. Portanto, como complemento à respiração pulmonar, os anfíbios realizam a respiração cutânea (trocas de gases através da pele), e para tanto possuem a pele bastante vascularizada e sempre umedecida.
A circulação nos anfíbios é dita fechada (o sangue sempre permanece em vasos), dupla (há o circuito corpóreo e o circuito pulmonar) e incompleta (já que há mistura do sangue venoso e artérial no coração).
O coração do anfíbio apresenta apenas três cavidades: dois átrios, nos quais há chegada de sangue ao coração; e um ventrículo, no qual o sangue é direcionado ao pulmão ou ao corpo do animal.
O seu sistema excretor apresenta rins mesonéfricos que são ligados por ureteres à bexiga, que por sua vez está ligada à cloaca. Quando no estado larval o produto de sua excreção é a amônia, porém no estado adulto excretam uréia.
Quanto a locomoção, os membros da ordem Anura são, em sua maioria, saltadores, as salamandras [Caudata] caminham e as cobras-cegas [Gymnophiona] arrastam-se por contrações musculares. Na água são nadadores, sendo que quando na fase larval utilizam a cauda e quando adultas, as rãs utilizam as patas, que possuem membranas interdigitais. As pererecas apresentam discos adesivos nos dedos, equivocadamente definidos como ventosas.
O sistema nervoso dos anfíbios tem como principal órgão o encéfalo. Apresentam boa visão, com exceção das cobras-cegas, e tato em toda superfície corporal.
O seu sistema olfativo apresenta narinas e os órgãos de Jacobson, no teto da cavidade nasal. Em sua língua se encontram botões gustativos.
Alguns anfíbios podem ser venenosos, sendo que alguns deles estão inclusive entre os animais mais venenosos. Os sapos possuem uma glândula paratóide que produz veneno, e muitas glândulas pequenas espalhadas por toda superfície do corpo, produtoras de muco e veneno. Entretanto, este veneno da glândula paratóide é eliminado apenas quando tal glândula é apertada. O manuseamento de anfíbios é normalmente seguro, desde que o veneno não entre na circulação sanguínea através de ferimentos ou mucosa. Deve-se por isso lavar as mãos depois do contato com os animais.

ANFÍBIOS - Primeiros vertebrados a habitar o meio terrestre!

   Esta classe de animais vertebrados, composta por sapos, rãs, salamandras aquáticas e as cecílias, foi a primeira a aparecer no planeta terra por volta de 300 milhões de anos. Hoje, habitando algumas ilhas da Indonésia, ainda existem espécimes raros e antigos que viveram na Idade do Carvão, período em que estes animais foram o grupo dominante.
PERERECA
CECÍLIA OU COBRA-CEGA

SALAMANDRA






SAPO